Os desenvolvedores de sistemas contam com o auxílio de integrações para aprimorar os seus serviços. Usando sistemas integrados, é possível utilizar diversas linguagens de programação, acelerar o processo de entrega para o cliente final e ser mais flexível quanto aos tipos de tecnologia utilizada.

O gerenciamento de APIs (Interfaces de Programação de Aplicação) se torna uma questão primordial dentro da governança da software house, especialmente quando falamos de soluções que usam DLLs. Para melhorar a gestão, os desenvolvedores devem conhecer alternativas que facilitem a governança.

Quer saber como aprimorar o gerenciamento de APIs das integrações em seu sistema? Veja, neste artigo, o que levar em consideração!

Como funcionam as integrações via API?

A  API é um conjunto de padrões e rotinas de software que atua como um agente de integração de sistemas diferentes. Assim, trata-se do elo entre sistemas que agem em conjunto, mas sem necessidade de se tornar uma estrutura só.

As APIs permitem que diversos sistemas diferentes “conversem” entre si sem necessidade de programação na mesma linguagem. O uso de APIs dispensa a verificação de compatibilidade entre os sistemas, pois a própria API faz “a ponte” entre os dois sistemas.

Nas software houses, o uso de APIs é muito útil, pois permite embarcar sistemas para executar funções específicas que o programa original não faz. O exemplo mais comum é a integração ao ERP de um sistema emissor de documentos fiscais eletrônicos, que trabalha embarcado no ERP, mas tem sua integração mediada via APIs.

A vantagem de usar a integração por APIs é não precisar mexer nos códigos do ERP, além de facilitar a atualização dos módulos de forma independente. Assim, a função de emissão e gestão de documentos fiscais eletrônicos fica delegada a uma solução codificada em separado.

Quais as dificuldades no gerenciamento de APIs nos sistemas integrados?

O uso de integrações por APIs é muito interessante para agregar valor aos sistemas de gestão. Por mais que a integração requeira alguma atenção, é inegável que o uso de sistemas integrados atende melhor às necessidades dos clientes da software house, que contarão com sistemas mais bem desenvolvidos e com funcionalidades interessantes.

O grande problema com o gerenciamento de APIs envolve a atualização dos arquivos DLL, que podem causar conflitos e falhas nos sistemas. Dynamic Link Library ou DLL é um tipo de arquivo executável que permite listar dados que podem ser acessados por vários sistemas, sem necessidade de duplicação. Por isso mesmo, é de extrema utilidade em sistemas integrados.

As DLL são de vários tipos e podem conter linhas de código, dados numéricos e outros recursos programáveis. Como elas trabalham de forma compartilhada, tudo precisa estar atualizado e sincronizado para evitar problemas.

Geralmente, os problemas com DLL acontecem com a atualização: algum código pode ficar para trás na atualização ou ser sobrescrito por erro. Isso pode causar a paralisação súbita do sistema e de todas as funcionalidades da integração. Para evitar transtornos, é necessário controlar as versões da DLL e manter tudo sincronizado, evitando que diversas aplicações divirjam entre si sobre qual versão de DLL é correta (fenômeno conhecido como “inferno das DLLs, dado seu potencial de trabalho para o desenvolvedor).

Como melhorar o gerenciamento de APIs em sua software house?

Utilizar soluções integradas por API com serviços baseados em DLL requer um bom gerenciamento de APIs, mas é possível manter uma boa governança sem enlouquecer. Para que tudo corra bem, é importante que o gerenciamento seja feito de alguma forma.

Para avaliar a qualidade de um gerenciamento das APIs e integrações usadas em sua software, é preciso considerar alguns aspectos:

  • se as APIs são confiáveis: baixo tempo de inatividade, quantidade de chamados permitidos em um determinado período, de acordo com as cotas definidas;
  • flexibilidade das APIs: quantas opções ficam disponíveis no momento de adotar APIs para uso de integrações;
  • qualidade: um sistema integrado deve contar com APIs bem desenvolvidas, que trabalham de forma adequada, sem intercorrências e garantindo o funcionamento para o cliente da software house;
  • velocidade: a integração deve funcionar de forma rápida, com produtividade e com baixa latência de acesso;
  • custo: APIs e integrações devem reduzir o custo da empresa, comparando-se a uma solução desenvolvida em arquitetura monolítica.

Para decidir como é melhor fazer o gerenciamento de APIs, é importante saber que o desenvolvedor conta com diversas opções para isso. Elas variam de acordo com o tipo de sistema e necessidade de envolvimento da software house no processo de gerenciamento de APIs. Analisar qual é a melhor opção dependerá sempre das escolhas feitas pela gestão, de modo que é importante conhecer as várias possibilidades existentes.

Vamos começar pela opção mais difícil: criar sistemas de gerenciamento de APIs internamente, programando e automatizando o sistema em sua própria software house. Para que isso seja possível, é essencial que o time de desenvolvimento seja muito habilidoso e versado em arquitetura de microsserviços. Isso vai tomar tempo e recursos e é um projeto que talvez não compense do ponto de vista financeiro.

Outra opção seria contar com uma plataforma de gerenciamento de APIs. Existem diversas soluções no mercado que podem ser utilizadas, mas isso envolverá o custo de aquisição da tecnologia e a adoção de sistemas bem produzidos.

A terceira opção é a mais simples de todas (e provavelmente a melhor): adquirir integrações que já contam com gerenciamento e atualização automática de versões de DLL. Se o sistema embarcado faz tudo por conta própria, sua software house não precisa se preocupar com isso. Simples assim.

O gerenciamento de APIs é um dos muitos desafios enfrentados pelas software houses que integram sistemas. Por mais complexo que possa parecer, há diversas formas de fazer essa gestão — com muito ou pouco trabalho para a software house.

No caso de quem delega a integração para outra software house que tem sistemas automatizados de gerenciamento de versões de DLL, não haverá qualquer tipo de trabalho. A automação pela terceirizada significa menos perda de tempo, dispensa o desenvolvimento de uma solução interna e deixa o processo mais fácil. As APIs de integração das soluções da Vinco, por exemplo, já acompanham a gestão de versionamento da DLL por padrão, eliminando qualquer necessidade de controle pela software house.

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