As mudanças da Reforma Tributária no Brasil é um dos temas mais discutidos no cenário econômico e político atual.
Com o objetivo de simplificar o complexo sistema de tributos do país, a reforma promete trazer transformações significativas que impactarão tanto empresas quanto consumidores.
Entre as principais mudanças estão a unificação de impostos, a criação de novos tributos sobre bens e serviços, e a implementação gradual do IVA Dual.
Neste conteúdo, você confere as atualizações mais recentes sobre as principais mudanças da Reforma Tributária e como elas influenciarão o futuro econômico do Brasil.
Boa leitura!
Quais são as principais mudanças da Reforma Tributária?
A Reforma Tributária no Brasil busca promover uma verdadeira transformação no sistema fiscal do país, e algumas de suas principais mudanças prometem simplificar o complexo cenário tributário atual.
Abaixo, destacamos as principais alterações previstas:
1. Simplificação e unificação de impostos
A reforma visa a simplificação do sistema de tributos, substituindo a atual estrutura composta por diversos impostos sobre o consumo por três novos tributos.
Com isso, impostos como PIS, COFINS, ICMS e ISS serão gradualmente extintos, dando lugar a:
- IBS (Imposto sobre Bens e Serviços): um imposto que vai unificar o ICMS (imposto estadual) e o ISS (imposto municipal), aplicando-se à maioria dos bens e serviços;
- CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços): é um tributo que substituirá o PIS e a COFINS, também incidindo sobre bens e serviços em geral, para reduzir a sobrecarga fiscal imposta às empresas;
- IS (Imposto Seletivo): é um imposto que será aplicado sobre produtos e serviços considerados prejudiciais à saúde pública ou ao meio ambiente, como cigarro e bebidas alcoólicas.
2. Criação do IVA dual
Uma das inovações mais importantes da reforma é a implementação do IVA Dual (Imposto sobre o Valor Agregado).
Esse sistema de tributação tem como base a agregação de valor ao longo da cadeia produtiva e será composto por dois níveis de impostos:
- IVA Subnacional (IBS): de competência estadual e municipal, o IBS incidirá sobre a maioria dos bens e serviços. Essa unificação permitirá que os estados e municípios tenham uma base mais simplificada e transparente para cobrança de impostos;
- IVA Nacional (CBS): de competência federal, o CBS também incidirá sobre bens e serviços, complementando o IBS. Ao harmonizar a tributação em nível nacional, a CBS busca reduzir a desigualdade fiscal entre diferentes setores da economia e facilitar o controle pela Receita Federal.
3. Transparência e neutralidade
A reforma tem como premissa a transparência no processo de cobrança e a neutralidade fiscal. Isso significa que os novos impostos deverão ser claros e objetivos, sem distorcer as decisões econômicas das empresas e dos consumidores.
O objetivo é criar um sistema onde o recolhimento de tributos não prejudique a competitividade das empresas nem incentive a evasão fiscal.
4. Fim da cumulatividade
A atual estrutura tributária permite a cumulatividade, ou seja, o imposto é cobrado várias vezes ao longo da cadeia produtiva, aumentando os custos para as empresas e o preço final para o consumidor.
Com o novo sistema baseado no IVA Dual, essa cumulatividade será eliminada, permitindo que as empresas possam abater os impostos pagos anteriormente na cadeia produtiva, resultando em um sistema mais justo e eficiente.
Leia também: O papel do TaxController na Reforma Tributária: simplificando a gestão fiscal para empresas
5. Incentivo à formalização
Outra grande mudança promovida pela Reforma Tributária é o incentivo à formalização das empresas e do mercado de trabalho.
Ao reduzir a complexidade tributária e a carga sobre a folha de pagamento, a expectativa é que mais empresas possam regularizar suas operações e contratar trabalhadores formais, gerando mais empregos e promovendo o crescimento econômico.
6. Transição gradual
A reforma também prevê uma transição gradual para o novo sistema tributário. O processo será implementado em fases, permitindo que as empresas e os governos estaduais e municipais se adaptem à nova realidade fiscal sem grandes impactos sobre a arrecadação e a competitividade.
A ideia é evitar uma ruptura abrupta que possa prejudicar o funcionamento da economia no curto prazo.
7. Redução de incentivos fiscais
Por fim, a Reforma Tributária visa promover uma revisão dos atuais incentivos fiscais, muitos dos quais são vistos como ineficazes ou injustos.
A proposta é que os benefícios fiscais sejam mantidos apenas em setores estratégicos e que contribuam para o desenvolvimento econômico e social do país.
Ao reduzir os incentivos que geram distorções na competitividade, o governo espera equilibrar melhor a distribuição da carga tributária.
Quais são as atualizações recentes e o impacto nas empresas com a Reforma Tributária?
Com o avanço da Reforma Tributária, várias atualizações estão sendo discutidas no Congresso Brasileiro, como ajustes nas alíquotas do IBS e a introdução de novos mecanismos de compensação tributária.
Essas mudanças têm implicações diretas para as empresas, que precisam adaptar suas operações e sistemas fiscais para se manterem em conformidade.
A Reforma Tributária será aplicada de forma progressiva, com um período de adaptação até o ano de 2033.
A partir de 2026, começarão testes com o IBS e a CBS, com uma alíquota inicial de 1%, juntamente com a implementação do Split Payment.
Em 2027, o PIS e o Cofins serão extintos, enquanto a CBS passará a ser cobrada com sua alíquota completa, além de ser introduzido o Imposto Seletivo.
A partir de 2029, as alíquotas do IBS serão elevadas gradativamente, ao mesmo tempo em que o ICMS e o ISS serão reduzidos até serem eliminados em 2032.
O crédito acumulado do ICMS será quitado em até 240 meses, e, em 2033, o novo sistema tributário com o IVA Dual (IBS e CBS) e o Imposto Seletivo estará completamente operacional.
Vale ressaltar que as discussões sobre a Reforma Tributária no Brasil foram adiadas para novembro de 2024.
Segundo o relator da proposta, Aguinaldo Ribeiro, a intenção é dedicar mais tempo para debater pontos complexos do texto e alcançar um consenso no Senado.
O projeto, que já foi aprovado pela Câmara dos Deputados, enfrenta desafios com relação à repartição de receitas entre estados e municípios, além de ajustes em setores específicos da economia.
Esse adiamento reflete a necessidade de maior diálogo para assegurar a implementação eficaz da reforma.
Como o Grupo Vinco pode ajudar com as mudanças da Reforma Tributária?
Com a chegada da Reforma Tributária, muitas empresas enfrentarão desafios para se adaptar às novas regras e cumprir suas obrigações fiscais de forma eficiente.
O Grupo Vinco oferece soluções robustas que facilitam essa transição, proporcionando mais segurança e eficiência no gerenciamento tributário.
Através do TaxController, o Grupo Vinco disponibiliza ferramentas que automatizam a apuração de impostos e garantem a conformidade fiscal.
Com a unificação dos tributos e a introdução de novas alíquotas, a plataforma ajuda as empresas a se adequarem às mudanças com agilidade, evitando erros e reduzindo o risco de penalidades.
Além disso, o sistema é constantemente atualizado para acompanhar as novas legislações, oferecendo relatórios precisos e permitindo que as organizações se concentrem em suas operações, sem preocupações com a complexidade fiscal.
Com as soluções do Grupo Vinco, as empresas têm a segurança de navegar pela Reforma Tributária de forma simples e eficaz, focando na adaptação estratégica e no cumprimento de todas as novas exigências legais.
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